21 Comentários
Avatar de User
Avatar de Jamile Maria

Que texto gostoso de ler, Ferdinando. Adorei sua perspectiva sobre a lapiseira 0.9. Sobre o nome da seção, meu voto vai para o “Escrevivendo”. E, se o grupo incluir também pessoas que amam escrever, mas nunca estudaram sobre, eu adoraria participar!

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Obrigado, Jamile. Eu acabei optando por um nome diferente para a seção, EscritaViva. Sobre o grupo, estou estudando o formato, pretendo divulgar em janeiro, mas a ideia é realmente criar um espaço de troca de experiências para incentivar a escrita. Ninguém precisa ter “formação” em escrita, apenas o desejo de aprender com as experiências dos pares. Darei notícias em breve.

Expand full comment
Avatar de Jose Carlos Neves

..não sei se a minha (64) daria um livro..rs.. mas pelo menos uma "short-story"..rs..são tantas trilhas..virtualente um eletrocardiograma de um doido..mas também tantas "anedotas" que dariam trabalho para peneirar..rs.. daí ter optado por ficção - mas lembrando sempre que o genial writer-magus ingles, Alan Moore, vehmently stated sometime: "Isto é uma Ficção, não é uma Mentira".... Mas gostaria,sim,de me juntar a um "clubinho"..rs.. até como ignição

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Boa, José Carlos. Estou formatando essa ideia do clube de escritore, mandarei informações em breve. Um abraço!

Expand full comment
Avatar de Nancy Casagrande

Nunca tive tempo de escrever a não ser artigos acadêmicos... aos 40, pensei em escrever um livro, sem saber o quê escrever, deixei a "vida me levar", aos 45, li Elena Ferrante e amei a forma como ela trata as relações, fiquei inspirada, mas ainda sem uma luz no fim do túnel. Aos 55, Marcelo Rubens Paiva dormiu na minha cabeceira, a autobiografia é um gênero tão interessante que estou às voltas com Édouard Louis contando sua vida numa França caipira e preconceituosa...

Quanto aos artigos e capítulos acadêmicos, vão bem, obrigada...

Eu sugeriria ainda: "escritaviva"...

Bj, mano!

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Minha mana, querida. A gente sempre fica com essa dúvida, né? Sobre o que escrever? Gostei da sua sugestão de nome para a seção. Talvez seja mesmo mais original do que as opções que coloquei ali. Se você quiser participar de um possível futuro grupo de escritores, será muito bem-vinda.

Expand full comment
Avatar de Nancy Casagrande

Mano querido, eu topo. Tenho buscado outros planos para a existência: este ano fiz um curso de fotografia. Quem sabe a escrita não seja outro possível caminho.

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

E já aproveitando o ensejo, assim que o texto da próxima carta estiver pronto, vou compartilhar com você antes de publicar. Quem sabe assim chega sem os erros de toda semana... 🤦🏻‍♂️

Expand full comment
Avatar de Nancy Casagrande

Nem são tantos assim... 😀 não seja exagerado!

Expand full comment
Avatar de Maria José Martins

Por que os entrevistados são tidos como antagonistas? Não seria melhor tê-los como aliados?

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Essa é uma pergunta filosófica, Maria José. Faz todo sentido, se partimos do pressuposto de que todos – jornalistas e entrevistados – querem o bem maior da humanidade. O que nem sempre é verdade, em ambos os casos.

Em algumas situações, o entrevistado é um aliado. Quando é um cientista ou acadêmico, por exemplo, esclarecendo a população numa reportagem de utilidade pública. Em geral, não há antagonismo nesses casos.

Em política, onde trabalhei por tempo, talvez, longo demais, o entrevistado quase sempre tenta manobrar o repórter. O bem que ele busca é pessoal. E aí, toda desconfiança por parte do repórter é bem-vinda. Quase sempre, claro. Nunca podemos generalizar.

Acho que há uma outra questão por trás dessa visão que é a chamada "independência jornalística". Por alguma razão, jornalistas entendem que independência pressupõe distanciamento da fonte de informação. E muitas vezes isso resvala para o antagonismo.

Vi muito, ao longo da carreira, jornalistas se aproximarem demais das fontes e confundirem isso com amizade, o que turva a capacidade de avaliar friamente a situação.

Enfim, somos todos humanos, não é mesmo? Por mais isentos que tentemos ser, sentimos, julgamos... Esta resposta está virando um tratado! 🤦🏻‍♂️

Expand full comment
Avatar de Lidice Ba

Entendo perfeitamente sua "luta" com a professora de orientação vocacional. Também tenho a minha versão da dona Ofélia (era esse mesmo o nome dela?).

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Lili, você tocou num ponto importante. Quando escrevi esse texto, eu tinha duas grandes dúvidas em relação ao formato. A primeira era se os leitores entenderiam a construção de duas narrativas em paralelo apenas pelo uso do recurso visual do destaque. Foi a primeira vez que fiz isso. A segunda era se as pessoas iriam confundir Dona Ofélia com a professora de Orientação Vocacional. São duas professoras diferentes. Dona Ofélia era professora de redação e me incentivava a escrever. Eu escrevi que ela ensinava Redação e achei que seria suficiente, mas vejo agora que não foi. A professora de Orientação Vocacional era outra pessoa. Eu contei à Dona Ofélia, na época, o que a outra professora havia dito. Acho que, por isso, ela decidiu me sugerir o Jornalismo. Vou precisar esclarecer isso no Follow Up Zero da próxima carta.

Expand full comment
Avatar de Lidice Ba

O nome que eu mais gostei para essa seção é o primeiro, que você desconsiderou. "Como escrevo" não deixa dúvidas. E já estou pensando: como eu escrevo? Em geral, quando não é trabalho, eu escrevo mil vezes melhor quando estou com raiva. E a-do-ro escrever para resolver problemas. Se for de ordem sentimental, então, eu fico fascinada. Preciso deixar claro que sou devota do Nelson e ele sempre será um dos meus 10 melhores (ou 5 melhores).

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Devo aceitar este comentário seu como uma manifestação de interesses num eventual grupo virtual de escritores?

Expand full comment
Avatar de Patricia Casagrande

Eu comecei a esboçar um “possível livro” sobre a minha experiência no Caminho de Santiago de Compostela depois de ter enfrentado o câncer. Assim como vc, minhas inspirações eram matinais, por volta de 5h. Eu anotava tudo no bloco de notas do celular. Mas aí, comecei a me questionar: quem vai se interessar pelas minhas memórias? Não sou jornalista, tampouco da área de humanas. Como me atreveria a escrever um livro??? Então… acabei arquivando os primeiros capítulos. Em outros tempos, diria acabei engavetando o possível livro. E os questionamentos bloquearam as inspirações matinais. Quem sabe, nesse espaço aberto gentilmente por vc, a inspiração volte a bater à minha porta…

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Agora respondendo com mais calma, posso considerar você como uma possível participante, se a gente conseguir mais alguns escritores dispostos a participar de um encontro semanal? A ideia é falar sobre o processo de escrita, sem julgamentos, trocando nossas dúvidas e conquistas, como forma de incentivar a todos.

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Essa dúvida sobre “a quem vai interessar” é muito comum. Ela me espreita ao final de cada frase. 😘

Expand full comment
Avatar de User
Comentário deletado
Dec 6
Comment deleted
Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Obrigado, Erica! Alguns furacões são mais intensos do que outros, né? 😘

Expand full comment
Avatar de Lidice Ba

Gente, que sincronicidade! Um dos meus primeiros textos (quando eu achei que seria escritora) foi premiado na OFF Flip, em 2003, e se chamava Furacão Vermelho. Era sobre o amor e começava assim: "O amor divide o mundo em duas partes: os que são felizes, e os infelizes." Um texto que um amigo jornalista achou até que pudesse virar uma música, um rap. Acreditei, mas sei lá... Só sei que o prêmio era ler o texto em "praça pública", num bar animadíssimo durante as atrações oficiais da Flip. Os colocados em quinto lugar, quarto lugar, terceiro lugar, foram lendo seus textos de acordo com a programação, e quando chegou a minha vez, que era o primeiro lugar, levantei-me pra ler e o bar já estava vazio. Minto: tinha alguns garçons limpando as mesas já cheias de moscas com os copos de bebidas vazios, tinha meu primo Márcio e minha amiga Bizuka. E só. Li tudo em voz alta para eles dois com uma coragem que eu não tinha. Na volta de Parati pra São Paulo, chorei a viagem toda, frustradíssima com a "estreia". Na segunda-feira seguinte, lá estava eu, dando expediente na revista Marie Claire. Por incrível que pareça, ainda não foi desta vez que eu desisti.

Expand full comment
Avatar de Ferdinando Casagrande

Lili, querida, que história interessantíssima! Com seu relato, você me fez pensar na grande questão que nos assalta a todos, os que escrevemos, ou os que produzimos alguma outra forma de arte: quem vai se interessar por isso? A minha resposta é que a mensagem sempre alcança quem precisa dela. Você não tinha o bar inteiro, mas continuavam lá aqueles que mereciam ouvir a sua história. E já aproveitando essa deixa, encerro com dois convites:

– Você termina o comentário dizendo "ainda não foi desta vez que desisti". O primeiro convite é para não desistir jamais.

– O segundo é: você gostaria de ler aquele seu texto para os assinantes do DESNORTEANDO? Eu adoraria ouvi-lo e tenho certeza de que mais gente aqui também. O Substack tem um recurso para arquivos de áudio. Se você tiver interesse, escreva-me no privado para combinarmos. 😘

Expand full comment