12 Comentários
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Avatar de Joyce Silveira

Muito obrigada pelo texto, sigo tentando buscar a minha liberdade todos os dias!

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Avatar de Ferdinando Casagrande

Todos nós, né?

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Avatar de Lu

Logo após um amigo me falar que me vê (positivamente) como uma pessoa muito livre, encontro o seu texto e me questiono se sou mesmo assim. Inquietação bem-vinda, muito obrigado!

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Avatar de Ferdinando Casagrande

E pensar que um texto, nascido de uma cena corriqueira nas ruas de Bali que despertou uma lembrança de infância e a conectou ao momento que vivo hoje, foi ressoar em você, que não me conhece pessoalmente nem jamais havia lido nada meu. Essa é a beleza da universalidade da escrita, né?

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Avatar de Mel G. Davies

Que significativo você escrever sobre as gaiolas. Eu sinto que vivo a minha hoje, aos 24 anos, que é o receio de investir unicamente na escrita, mas saber que poder viver isso está longe da minha realidade, então me dedico a fazer coisas paralelas, e acho isso meio triste...

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Avatar de Ferdinando Casagrande

Mel, eu tenho 29 anos a mais do que você e posso te dizer. Não é um caminho fácil, especialmente no Brasil, com um mercado editorial pequeno, fechado. Mas é um caminho possível e muita gente vive da escrita no Brasil. Eu tentei um caminho alternativo, fui para o Jornalismo, mas no fim a insatisfação voltou porque abandonei o meu sonho original, que era ser um escritor, não um jornalista.

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Avatar de Andre Timm

Que texto importante. Tantas ideias bem articuladas aqui e que deveriam estar sendo abertamente discutidas em família, nas instituições de ensino. Mas o sistema é cada vez mais essa máquina de moer gente. Às vezes me pego sentindo que não tenho o direito de sofrer quando comparo minha realidade às das gerações passadas. Mas acho que é mais uma das armadilhas desse sistema. Sofrimento não se compara, porque o que determina a intensidade da dor é a capacidade individual de cada um lidar com ela. Não bastassem as gaiolas da sociedade do cansaço, essa telinha brilhante aqui é mais uma delas, talvez a mais paralisante de todas. Mas seguimos. Fiquei feliz de te encontrar. Acabo o texto com a sensação de que fiz um amigo.

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Avatar de Ferdinando Casagrande

Obrigado, Andre. Vi essa sintonia com a sua nota em que fiz o comentário, porque eu me culpei muito por esse sentimento de “não gostar de trabalhar”, como se ler e escrever não fossem trabalho. Eu escrevi uma novela de espionagem recentemente - está em avaliação numa editora no Brasil - e para aprender o gênero, eu li e resenhei 84 livros de espionagem em três anos. Todo mundo achava que eu estava de vagabundagem, mas era trabalho sério. Delicioso, mas nem por isso menos sério.

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Avatar de Nancy Casagrande

... E um por quê acentuado no início da oração interrogativa. Veja lá, veja lá...

Vamos ao texto: histórias da infância são memórias afetivas de quem as viveu num tempo quando apenas se imaginava com o repertório das cores e formas redesenhadas pelas gaiolas físicas de outrora. A gaiola digital é mais perigosa que as gaiolinhas do vô João, ela é mais traiçoeira que a ratazana... em tempo: eu não me lembrava do episódio da ratazana, mas fui capaz de assisti-lo pela sua descrição perfeita e me assustei com a cena viva na memória.

Como professora de "gaiolas" estou confortável na minha, sossegada, com os boletos em dia à espera de me aposentar para então abrir a porta e voar... não sei, ou não quero, que seja diferente, condicionada à minha gaiolas, engaiolei os meus filhos, que ainda em formação, seguem os meus passos de mãe operária perfeitamente amalgamada ao sistema... de toda forma, estou consciente das minhas limitações aventureiras, e procuro, a duras penas, mostrar que a gaiola pode ser opcional aos meus alunos universitários, futuros professores.

Que lindo texto, mano! Adiante, peixe-voador!

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Avatar de Ferdinando Casagrande

Ai meu Deus, acentuar um por que erroneamente tendo por leitora uma professora com raízes na nobre Língua Portuguesa é algo preocupante... Vou arrumar já!

Sobre as gaiolas, minha mana querida, eu reconheço e admito o conforto que oferecem. Eu abri as portinhas aos poucos, sempre com medo de voar. Nas primeiras vezes, sai e voltei, incapaz de encarar os riscos lá fora. Agora, porém, o fato de as gaiolas não estarem mais abertas me impulsiona para o voo livre. Se resistirei, se aprenderei a buscar meu próprio alimento, só o tempo vai dizer. Enquanto isso, vou escrevendo.

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Avatar de Fernanda Cintra de Paula

Sempre escreveu bem. Nunca “não foi escritor”

(Mas achei um errinho. Tem um “quiz” ao invés de “quis”.

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Avatar de Ferdinando Casagrande

Fê, querida! Quanto tempo!!!

Gratidão eterna por me avisar. Vou corrigir é já... Pode continuar me avisando, tá? 😘

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